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domingo, 20 de abril de 2014

Sob o sol, sob a lua... a festa no jardim continua! Segunda Parte Lollapalooza 2014

Lollapalooza 2014, sob meu olhar
 #fuisozinhaedeutudocerto
Parte II
Por Cris Liris

Meus sonhos, os que eu lembro pelo menos, são seguidos com muita música. 
Então, como não escrever mais, sobre toda a música que me consome!?

Retornando ao confortável sofá na Rua Santo Antonio, Bela Vista/SP, a cabeça se fundia, num misto de vários sons que encranharam na mente, cenas e todo aquele calor, euforia, exultação do sábado, pós festival e uma última passada pela madrugada nos arredores da Rua Augusta. 
Nem bem eram 9h  de domingo, um tantão de mensagens do whatsapp chegando...o grupo no whats de pessoas que conheci e outras não, informando, horários, transportes, shows e afins do Lolla e isso facilitou muito a comunicação, até por que muitos deles, não consegui encontrar.
Saltei do enorme sofá, juntei minhas coisas e para não acordar meus anfitriões, sai pé por pé, pianinho!
Eu ainda tinha mais, mais , mais!
Embarco em um táxi e mais uma das coisas lindas que me marcaram essa viagem musicalmente aventureira: o taxista, grisalho, calmo e gentil, que atendia pelo nome de Wallter  ouve durante o trajeto até o hostel nada mais que Ária na corda de Sol, na adaptacão para orquestra de Johann Sebastian Bach.
Lição: A música transcende,  eleva e unifica aos que a compreendem com o coração e a praticam com sabedoria.
Chegando ao Guest 607, encontro um belo café da manhã...Fomeeee!
Banho tomado, correria para almoçar e responder as mensagens,  das duas que seriam as minhas parceiras até o fim dessa maratona.
Entram em cena, Karyn Mattos (Jaraguá do Sul) que vinha de Congonhas e Marcela Guther (Joinville) que já estava na capital paulista.
Elas não se conheciam. Mal sabiam elas, que seríamos uma bela equipe naquele domingo de sol! Ainda bem que confiaram em mim... rssss

Nosso ponto de encontro, Estação Pinheiros às 14h, rumo a Interlagos.
Mais um taxista entra na história Sr. Geraldo (sim, fiz questão de saber o nome dos taxistas com os quais embarquei rsss), foi mais que um pai, e para não me deixar longe da estação, fez um trajeto que custou o dobro do valor que ele deveria me cobrar pelo taxímetro e, de bônus, ganhei sua benção e assim fui mesmo, muito abençoada!
Já na Estação Pinheiros, antes de fazer a travessia para pegar o trem até Interlagos, encontro Marcela! Foi uma euforia!! Como é bom ter alguém querido por perto. 
Depois, Karyn, que já estava passos adiante. O trio estava formado. Viagem tranquila, muitas risadas e a ansiedade pra chegar ao segundo dia de Lollapalooza, afinal veria naquele dia a banda que aguardei 17 anos:  PIXIES!

Chegamos saltitantes ao final de Ellie Goulding, uma das atrações que Karyn quis muito ver...já que eu e Marcela perdemos Johnny Marr. O combinado era curtirmos juntas!
Corremos para ver Savages, com olhos e ouvidos curiosos...
Enquanto isso, Whatsapp e SMS  chegavam atrasadas...mais uma vez,
peço desculpas à Marjorie, Felipe, Jazz, Nathalia , Luiz, Carol e Fernanda, sabem o quanto eu, que foi impossível reunir todos!
A caminho do Palco Interlagos, ao encontro da Savages,  encontramos Kelson e Joy e foi muito rápido!  O mais próximo de estarmos com quem é de casa! 

Agora, aqui, confiram sob as palavras de Marcela,que descreveu como ninguém, o show da Savages:

Por Marcela Güther

"Um orgasmo pós-punk. Quem viu o show das Savages no segundo dia do Lollapalooza, presenciou uma das bandas mais promissoras do line up do festival fazer o público enlouquecer. As quatro garotas de Londres alucinaram os ouvidos de todos ao apresentar, em um show incrivelmente estrondoso, provocativo e sexy, o álbum "Silent Yourself", lançado no início de 2013. Vestidas de preto, elas mostraram que o calor faz parte de seus espíritos, principalmente quando entoado pela voz da cantora Jehnny Beth na canção "Hit me". Durante a execução da música, Jehnny foi, de um extremo a outro do palco, encarar a multidão (que poderia ser bem maior, convenhamos), apontar o dedo para o mar de gente e, ainda, lançar um sorriso de deboche ou pura desgustação enquanto diz: "You must put me on my knees like a dirty little dog!".
Jehnny faz da música uma sedução e, de maneira selvagem, flerta com os ouvintes. Gemma Thompson, com a sua  guitarra, promove um barulho ecoante (fucking noise!) e ensurdecedor que, acompanhado da batida crua, forte e precisa de Fay Milton na bateria e do baixo de Ayse Hassan (um pedaço de seu corpo, a meu ver), detonam corações, quebram corpos ao provocar  movimentos convulsionados e fazem renascer a esperança de assistir, em um festival onde o que é pop e o que já foi pop está em vigor, a chama do rock aparecer.
Ouça "No face":

O renascimento da tal chama aconteceu dentro do útero do quarteto londrino que se divertiu, brincou e suou no palco Interlagos. Em outras palavras, as Savages fizeram o inferno oitentista encontrar a superfície terrestre.

Dizem que as garotas do Savages são o Joy Division de saias. Mas saias é o que elas menos usam.  Creio que a semelhança entre os dois grupos, além das questões técnicas musicais, é o simples fato de que elas possuem uma alma. Latente."
Ouça "Shut up"


"A Marcela precisa ser colaboradora direta nesse Blog Zé! Fica a dica!"

Findado Savages, corremos feito loucas para o Palco Skol para vermos tudo o que eu mais queria...finalmente veria uma das bandas que marcaram vários momentos da minha vida, por muitos bons motivos.
E aí  foi um misto de loucura, lágrimas e sorrisos incontrolados, me sentia como aquela adolescente de 17 anos...chorei mesmo!

Aqui, dá pra ver a expressão de quem não sabia se ria ou se chorava rss
Pixies veio com um set list tomado pela nostalgia, mas muito bem equilibrado com novas composições, diga-se de passagem, o set mais recheado de todo o festival na minha opinião, não faltou e nem sobrou.
A  introspecção dos veteranos da Pixies e a presença doce de Paz Lechantin, que trazia no braço do baixo uma rosa vermelha, foi algo único e prova de que se a música é boa, ela basta!
Enfim, tudo que é bom acaba e PIXIES se despediu do público presente de forma discreta, porém encantadora.

Sem uma atração predileta pelas três, fomos ao palco Interlagos e a dúvida imperava entre eu e Karyn: ver Arcade Fire ou New Order? Que sacanamente pra nós duas, as bandas
 tocariam no mesmo horário.

Ao final do show de Jake Bugg, um inglês apático, mas com um público bem garantido apesar da idade, concluímos que ele realmente pode ser comparado a Bob Dylan, no estilo, na voz e na atitude.
Para Marcela estava definido: New Order ela veria bem de perto e sozinha, porque eu e Karyn decidimos voltar...poréeem, eis que surgem, não sabemos de onde, um grupo de jovens, como nós e ouvem a nossa conversa.
“Nãoooo, vocês não devem ver Arcade Fire, vocês devem ficar conosco aqui e ver New Order”  Essa era Liah Storali!!
Hahahaha...Liah, você foi responsável, pela festa mais bonita no Lollaaloozaa, com energia absoluta e um grupo de amigos que acabou se tornando ali, uma família! Conex SC e SP!
E assim,  Marcela, Karyn, Liah, Fernanda, Camilla, Marcos e Felipe, amigos pra ver New Order, pra curtir muitas festas mais com certeza... Buena Onda!!!

Foi com certeza a escolha certa, sabíamos que podemos um dia ver Arcade Fire, mas New Order não mais...e começa a festa final, o tudo ou nada e novamente, choramos, explodimos, cantamos...
E a Karyn gravou do celular dela, New Order por um outro ângulo, único, singular rsss
Estamos tentando consertar isso hahahah

Confere ai:


E esse  foi o ápice do show... ouvir Joy Division foi o bônus, o maior presente que New Order poderia nos dar...sem palavras!
Como na euforia não conseguimos gravar, a Erika LeStardust, que eu não conheço, mas que estava no show e me autorizou usar sua gravação, eis aqui, uma das melhores partes desse show:



E é isso gente!
Aos que compreendem a paixão pela música e pela cena e até para opiniões alheias, que disseram que fui maluca e me arrisquei eu tenho um recado:
Na vida, você sonha! E você realiza se quer, quando quer e por que quer!
Fui espontânea, fui sem temer, fui eu mesma o tempo inteiro!
Me senti efetivamente fazendo parte importante daquele movimento coletivo... na melhor expressão eu diria: pertencendo  a ele!
E assim será enquanto eu viver, aqui, ali, em qualquer lugar!
A cada um que participou dessa história, que me apoiou, compartilhou fotos e vídeos, que acreditou comigo, aos que se fizeram amigos e parceiros...todos guardados em meu coração...muito, muito obrigada!
Buena Ondaaaaa!!! Sempre!!!


Texto e edição por Cris Liris
Texto  e vídeo Savages por Marcela  Güther
Fotos por Karyn Mattos/ Marcela Güther/Cris Liris
Vídeos Bone Machine e Intro New Order por Karyn Mattos
Video New Order - Love Will Tear Us Apart por  Erika LeStardust

A entrada discreta de PIXIES


Incomparáveis: Pixies!




Savages
Realizada ao som de Pixies!


Na correria para o Savages, encontramos esse moço, super estiloso com sua kaftan,
 que não era By Karyn! 


Será que dá pra voltar no tempo!?


Trio ternura! Cris Liris, Karyn e Marcela 


Durante o show de Pixies, num momento gritaria, choradeira e felicidade!






Família Buena Onda/Cone SC SP New Order







2 comentários:

José Carlos De Souza disse...

Como é bom poder contar com amigo(as) para as minhas peripécias musicais ,só tenho a agradecer as duas figuras que conheci através da música ,Marcela e Cris ,muito obrigado ,e que venha mais!

Unknown disse...

Valeuuu Zé!!! \o/ e que venham muitas coisas pra gte contar aqui!

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