No Blackbird, onde já tive a
oportunidade de reencontrar os novos e os velhos, afinal, a gente cresce, amadurece, os filhos nascem e a música
permanece...aconteceu no dia 26 de abril, uma das maiores noites que a casa já compartilhou com seu público:
REC ON MUTE e VACINE.
Cartaz: Arte By MaKo DalaKa |
Já se passaram alguns dias e
fiquei com as músicas na cabeça, ecoando junto à lembranças de uma década nem
tão distante, quando tudo isso era novidade pra mim.
REC On MUTE abriu a noite, com
acordes e “temperos” de banda com tempos de estrada. Com um pouco mais de um
ano, foi a primeira oportunidade de ver banda tocar e confesso que não esperava
que a experimentação desses caras resultasse em uma performance íntima e sonoramente
marcada pela distorção suave das guitarras, acontecendo e provocando melodias
delicadas em contrapartida ao peso das viradas da bateria, sob o comando de uma
figura célebre da cena, Kelson Marcelo também anfitrião da casa. Posso falar de
boca cheia, que o projeto só tende a dar muito certo e que está a oito mãos, de
pessoas que tenho um respeito em uma
admiração especial!
Como a história
de amor que tenho pelo Vacine, a mais ou menos uns 18 anos...
Lembro que foi no final dos anos 90, na extinta
casa do Rock em Joinville, em uma época que Smashing Pumpkins, Pixies embalavam
meus pensamentos juvenis, foi lá que eu vi Vacine pela primeira vez. Com suas
guitarras inflamadas e eu nem bem entendia o que as letras queriam dizer. Mas
sempre que Vacine tocava no Curupira, era lá, na a frente do palco que eu estava, com olhos
e ouvidos curiosos.Anos depois, em festivais e
outras apresentações, Vacine sempre presente, com suas músicas de uma
sonoridade ímpar, mantendo até hoje a identidade musical da banda apesar das
sutis mudanças. Vacine não é só mais uma banda que completa seus vinte anos,
entre idas e vindas, em sua história a essência das composições mais antigas,
até às mais recentes, são tratadas com a
mesma importância, o que mantém no palco uma sinergia incrível e fez com que o
público, até mesmo aos que nunca tiveram conhecimento do trabalho da banda.
Ah! E não podia esquecer de agradecer
por tocarem Pixies na finaleira!
Que a cultura undergroud se mantenha viva, e que nunca deixe de crescer e evoluir em nossa Santa e bela Catarina, berço de grandes projetos!
Buena Onda! E que em breve nos
encontremos!